Seria possível me apaixonar por um suspiro generoso do Sol, sapeca, trazendo com qualquer raiar a sensação de novidade, maldade, impulsionar o desencanto, com o transcendente suave cheiro de música virgem. Já é verão, sua voz me leva ao mar, areia massageando meus pés, me conecta com o infinito, quando as ondas pulam sobre mim e você leva flores na fronte, não conte, me conte, que vozes o vento respira nessa manhã? O perfume que trazes, rosas brancas e sua pele banhada em linho, lembro do balanço do seu corpo, que repele o mal que ronda os céus, me enche os olhos do próprio encanto. Há seres mais fortes vindo do fundo do oceano, só pra te ver dançar. Desabotoe as manias de não ter coragem, liberto as cores que prendia sempre nos mesmos fantasmagóricos limites da minha razão e deixo, agora, que a loucura se encarregue de pintar a rotina com cara de aventura e, com o poder da arte, a transforme na própria aventura.
Texto originalmente publicado na plataforma literária Sweek
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