O Momento Passa

Minha cabeça dói...

A produção de um filme, de um livro, que seja, me tira a concentração em qualquer outra coisa que não o envolva... Que o diga minhas notas no período em que eu comecei a escrever.
Enfim, só que eu cansei de escrever sobre o amor, ou sobre as complicações que este atentado trouxe a minha vida. Logo, incluo as palavras mais presentes nos meus textos: sonho, vazio, solidão, medo, angústia, desespero, culpa, morte, lua, sombra, vida, o verbo partir e seus equivalentes (deixou, ir, etc), não posso incluir música, porque não teria outra fonte de inspiração fora ela. 

Ultimamente, prevendo a proximidade do fim, decidi me dedicar a um determinado livro, não é uma história sobre o amor ou a perda do amor, é a história sobre a continuação da vida depois dele (arrasei!).
E o tempo é tão propício, nuvens cinzas cobrem todo o céu, um pequeno frio me alimenta a espinha, e eu estou me sentindo bem sobre mim mesma, sóbria, vejam só, e apesar de ainda estar com tosse, estou evitando ingerir o tal xarope incolor que causa sonolência e convulsão. Ainda falta um pouco de autocontrole, para que eu sente e continue do capítulo onde parei, e entenda que ficar inventando moda no capítulo que mais gosto não vai ajudar a construir a concepção metafórica (palavra horrível) desse livro.
Sempre morri de medo de postagens mais pessoais na internet (que nunca me façam mal por minhas palavras), mas Yao Ming Meme!

Estou com um desejo louco de fazer minhas considerações sobre os álbuns do B.J Thomas hoje, não sei, há dois dias que só o escuto sem me cansar. Hoje ouvi também Namidairo da Yui e, um pouco de Gladys Knight. 

Still The Lovin' is Fun - B.J Thomas

Enfim... Ah, e o próximo maldito que me disser que depois da chuva vem o arco-íris (salvo Home Made Kazoku) vai ganhar uma semana digna no luxuoso Minha Vida Nublada Hotel, com direito a um quarto fedido com frases de poetas mortos nas paredes e um lençol fino, que finge poupar do frio, mas que na verdade só é capaz de esconder a Lua. Enfim!

Não tentei quantificar nenhuma sensação errônea que eu possa ter tido, mas não há dimensões qualitativas nessa relação. Se alguma vez eu usei "amor" com você, me diga quando, se eu conhecia a intensidade que esmagaria sua alma caso eu dissesse, e sacrificaria minha própria felicidade em prol da sua.
E de que forma eu poderia exemplificar o que acontecia, se não poderia dedicar-te nenhuma canção? Havia uma, sim, havia, digna de sua memória, mas você chegou tarde demais para recebê-la, e, graças a Deus, saiu cedo o bastante para merecê-la.

Acabou! Sim, eu sei, já há quase uma década, mas só hoje eu consegui entender, o que posso fazer? Precisei perder a alma a quem dei a canção que eu jamais dediquei a você. Que bom que o dia é chuvoso, seria um desperdício as estrelas surgirem e testemunharem o fim de uma história sem trilha sonora...

 Cena do filme O Casamento do Meu Melhor Amigo