quinta-feira, 15 de março de 2018

"Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?"

Foi sua última frase nas redes sociais
Antes disso, ela denunciou a violência da PM em Acari
Antes disso, ela foi nomeada a relatora da comissão da verdade que acompanharia a intervenção militar no Rio de Janeiro
Antes disso, o Rio de Janeiro entrou em intervenção militar.

"Foi assalto". "Foram os bandidos que ela tanto defendeu" - Não sei se a isso se pode chamar de inocência, de desonestidade ou de apenas classe média branca, que não entende o PESO da palavra intervenção militar, que não entende a palavra EXECUÇÃO, que não entende que a execução de uma MULHER, NEGRA, LÉSBICA, ESQUERDISTA, FAVELADA, DEFENSORA DOS DIREITOS HUMANOS, VEREADORA, ALGUÉM QUE DENUNCIA AÇÕES ARBITRÁRIAS DA POLÍCIA MILITAR, durante uma INTERVENÇÃO MILITAR, não é coincidência, não é assalto, não é mistério para ninguém. É apenas 1964 acontecendo outra vez!

Mataram a Marielle!
Mataram um pouco de cada um de nós, negros, LGBT's, mulheres, defensores dos direitos humanos. 
Não queriam outra comissão da verdade!
Não queriam que a favela reclamasse da violência policial ou da violação dos direitos humanos
Se a mulher não sai por impeachment, sai pela morte
E os dois são um golpe em cada um de nós
Eles mostraram quem manda, mostraram que o golpe não vai parar
Nos acuaram, nos amedrontaram
Mataram nossa esperança, nossa coragem, nossa ânsia de mudança, quando mataram a Marielle
"Os paneleiros eles venceram e o sinal está fechado pra nós".
Eles calaram a sua voz, tentando calar a nossa
Mas não calarão
"Para abraçar seu irmão e beijar sua menina na rua, é que se fez o braço, o seu lábio E A SUA VOZ".


Hoje, a partir das 17h (na maioria), haverá atos contra o genocídio negro em todo o Brasil. Procure o evento na sua cidade e participe! Eles não podem nos silenciar, não vão nos amedrontar! 
#MariellePresente #MarielleVive

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