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domingo, 27 de março de 2016
Central do Brasil
Prendi a minha alma
Numa lata de sardinha
Fedida, úmida e apertada
E todo dia
Ali
Algemada
Ela foi deixando de ser alma
Virou gema
Virou nada.
Quem dera a tivesse prendido num poema
Hoje ela seria
Ainda que vazia
Alma penada.
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