Mesmo quando é pra falar de amor
Mais ainda quando é pra falar de moeda
De questões que inventamos para provar a evolução
"Só os fortes sobrevivem"
E por fortes leia-se ricos
Não me incomoda o estranho cúmulo da consciência limpa
Dormir em paz enquanto tantos sofrem
Se for loucura minha
Pela primeira vez
Assumo o hospício, e me mudo pra lá amanhã
De manhã, bem cedinho
Pra ninguém perceber
Minha falta no mundo
Meu mundo morrer
Talvez fosse fácil
Se eu sempre pudesse me esconder
Fugir pras colinas
Na floresta viver
Parar de rimar!
Nunca fiz sua questão
A porta do escuro
Se abre em clarão
Partir para sempre
Sem nunca chorar
Amar de repente
Mentir sem olhar
Cair no sono
Problematizar
Sorriso disfarce
Amor e vazio
Sonambulo andar
Trocar poesia
Por comida
Matar a essência
Pra matar a fome
Prostituir
Esvaziar
Esvair
Ir
Além.
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